quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Prédios ganham suspensão ativa hidráulica


Prédios ganham suspensão ativa hidráulica

Em 2009, engenheiros da Universidade de Stuttgart, na Alemanha, apresentaram um conceito inovador de construção adaptativa, similar ao conceito de suspensão ativa dos automóveis.
Usando elementos estruturais inteligentes, eles propõem construir estruturas que possam se adaptar às condições ambientais.
Além disso, a proposta dessa construção inteligente é obter a capacidade máxima de carga com um consumo mínimo de materiais.
Estrutura adaptativa
Agora, com a colaboração de engenheiros da empresa Bosch, eles demonstraram na prática que seu conceito é viável, construindo uma estrutura que desafia os sonhos dos mais arrojados arquitetos. Eles construíram uma concha de madeira que é muito mais fina do que qualquer coisa considerada possível até hoje. Com uma espessura de apenas quatro centímetros, a cobertura se estende por uma superfície de mais de 100 metros quadrados. A extrema finura da concha foi possível graças à utilização de uma estrutura adaptativa.
Cargas de pico
Na construção civil, as estruturas sempre foram concebidas para suportar uma tensão máxima muito precisa. Esse tipo de estresse, no entanto, geralmente só ocorre muito raramente e apenas por um curto período. Com isto, uma grande parte dos materiais de construção usados hoje serve apenas para suportar essas cargas de pico extremamente raras, o que faz com que elas sejam efetivamente necessárias apenas muito raramente. O objetivo das estruturas ultraleves e adaptativas é alcançar uma economia drástica dos materiais sem perda da capacidade de suportar essas cargas de pico. E, estruturalmente, há ainda outro benefício: a estrutura ganha uma capacidade de reação a cargas dinâmicas muito maior, o que é obtido através da manipulação ativa da estrutura.
Prédios ganham suspensão ativa hidráulica
Suspensão hidráulica
No caso da concha de madeira, esta manipulação ativa é obtida através de elementos hidráulicos instalados nos pontos de apoio da cobertura. Esses elementos geram movimentos que compensam de maneira muito precisa as deformações e tensões dos materiais causadas pelo vento, chuva, neve ou outras cargas. Sensores registram continuamente o estado de carga em vários pontos da estrutura, acionando automaticamente os movimentos para neutralizar as variações de carga, reduzindo assim as deformações e a tensão dos materiais. Segundo os engenheiros, essa suspensão ativa para prédios poderá ser aplicada em muitas áreas da construção civil, como em coberturas de estádios, em edifícios de grande altura, em fachadas muito largas ou em pontes.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/

terça-feira, 29 de julho de 2014

Túnel submerso Santos-Guarujá traz nova tecnologia ao Brasil

Obra com 762 m de extensão utilizará sistema conhecido como módulo imerso pré-fabricado e terá 21 m de profundidade, sem atrapalhar navegação

Por: Altair Santos
O primeiro túnel submerso do Brasil sairá do papel ainda em 2014. A obra, com 1.700 m de extensão, terá um trecho de 761 m sob o estuário entre Santos e Guarujá, no litoral paulista. A licença socioambiental já foi emitida e o empreendimento encontra-se em processo de licitação do projeto executivo. Por causa do período eleitoral, o consórcio vencedor só será conhecido em novembro. Há cinco grupos concorrendo para construí-lo, todos formados por empresas brasileiras e estrangeiras. Países detentores da tecnologia, como Espanha, Holanda, Itália e Coreia do Sul, estão na concorrência.

Nova ligação entre Santos a Guarujá terá 1.700 metros de extensão, dos quais 762 serão submersos.
A construção do túnel será feita com o emprego de uma tecnologia ainda não utilizada no país, conhecida como módulo imerso pré-fabricado. Ela consiste na abertura de uma trincheira no fundo do canal, na qual serão assentadas peças construídas separadamente em uma doca seca. Cada compartimento deconcreto terá 127 metros de comprimento, 35 m de largura e 10 m de altura. Um a um, eles serão rebocados por flutuação até o local de lançamento, onde serão imersos a 21 m de profundidade e fixados aos demais módulos. Esse método evita grandes volumes de escavações.
Para atender toda a extensão imersa do túnel serão construídos seis módulos pré-fabricados. Cada peça, estima-se, receberá 60 mil m³ de concreto, com resistência de 35 MPa. Após curadas, elas serão rebocadas pelo mar ao longo de 35 km para chegar ao local de execução da obra. A opção por esse método construtivo se dá por três razões: tempo de obra, estimado em 30 meses a partir da implantação do canteiro de obras; custo, avaliado em R$ 2,5 bilhões e menos caro do que a construção de uma ponte estaiada ou de um túnel que usasse a tecnologia NATM – método austríaco de escavação, que utiliza as máquinas conhecidas como tatuzões, e por não precisar interromper o tráfego de navios no estuário.
Quando concluído, o túnel submerso Santos-Guarujá, que terá 762 m de imersão e 950 m de rampas, além de 4,5 km de obras viárias em superfície e em viadutos, poderá ser percorrido em um minuto por um automóvel. Hoje a travessia entre os dois municípios se dá através de balsa ou por um desvio que alonga o percurso em 45 km. A demanda atual de transporte de carga na região é feita por 1.900 caminhões por dia, com 200 atendidos pela travessia por embarcações e 1.700 pela rodovia Cônego Domenico Rangoni.

Desenho mostra como será o interior do túnel, com pistas em dois sentidos, ciclofaixa e área de circulação para pedestres.
A tecnologia que agora chega ao Brasil já funciona com sucesso em mais de 150 túneis construídos fora do país. A primeira destas obras foi viabilizada em 1910, para permitir a passagem da Ferrovia Central de Michigan (Michigan Central Railroad), sob o rio Detroit, nos Estados Unidos. Por isso, a perspectiva é de que, a partir do submerso Santos-Guarujá, outros empreendimentos deste tipo sejam construídos. A travessia Vitória-Vila Velha, no Espírito Santo, já é candidata, assim como o trecho Rio Grande-São José do Norte, no Rio Grande do Sul.
Maiores túneis imersos do mundo
San Francisco, nos Estados Unidos (1969) – 5,82 km
Copenhague, na Dinamarca (2000) – 3,5 km
Busan, na Coreia do Sul (2010) – 3,2 km
Roterdã, na Holanda (1966) – 2,85 km
Pulau Seraya, em Cingapura (1988) – 2,6 km
Paraná, na Argentina (1962) – 2,36 km
Boston (Hampton Roads 2), nos Estados Unidos  (1976)    - 2,22 km
Tuas Bay, em Cingapura (1999)    - 2,1 km
Boston (Hampton Roads 1), nos Estados Unidos (1957)    - 2,09 km
Blaye, na França (1978) -1,93 km
Confira o vídeo sobre a construção do túnel Santos-Guarujá
https://www.youtube.com/watch?v=uJUS2JZAMQw
Fonte.: www.cimentoitambe.com.br/tunel-submerso-santos-guaruja-traz-nova-tecnologia-ao-brasil/

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Etapas e Sequência de uma Obra, Passo a Passo!

Amigos, para construir ou reformar é preciso conhecer quais são as etapas de uma obra desde a contratação dos projetos de arquitetura até a limpeza final para a tão esperada mudança para a casa nova. Assim, uma obra pode ser dividida em 22 etapas.


Vejam quais é a sequência de execução dos serviços de uma obra:

1. Contratação de escritório de arquitetura: a escolha do escritório de arquitetura deve levar em conta o portfólio do escritório, ou seja, quais projetos eles já realizaram. Não deixe de formalizar essa contratação em contrato.

Macete 01: faça a consulta a vários profissionais porque o custo dos projetos varia muito e não tem um padrão de preços para os serviços.

2. Elaboração de ante-projeto de arquitetura: após a reunião com os arquitetos eles vão desenvolver um ante-projeto para a aprovação do cliente.

3. Elaboração dos projetos: com o ante-projeto aprovado os arquitetos vão desenvolver os projetos de arquitetura, detalhamentos, planta humanizada e 3d;

4. Aprovação do projeto de arquitetura legal na prefeitura: o projeto de arquitetura legal é o projeto que está de acordo com o código de obras do município para aprovação na prefeitura.

Macete 02: Em grandes cidades a aprovação desse projeto pode levar tempo, chegando de 6 a 12 meses, fique atento!

5. Contratação de escritório de projetos de estruturas e instalações: com o projeto de arquitetura definido, faça a contratação dos projetos de estruturas, intalações elétricas, instalações hidro-sanitárias (água fria, esgoto, água quente), telefonia e internet. Peça ao escritório de arquitetura uma indicação para esses projetos.

6. Elaboração do orçamento da obra: etapa muito importante para saber quanto custará a sua obra. Para elaborar um bom orçamento você precisará saber quais serão todos os materiais aplicados. Essa informação estará no projeto executivo. Se você não tiver um projeto executivo, especifique todos os materiais que usará na obra para fazer o orçamento.

7. Elaboração do planejamento da obra: faça um planejamento para a obra. Esse roteiro de etapas ajuda bem como um guia para planejar. Defina o início da obra e distribua o custo nas etapas para você saber quanto custará cada uma delas. Há softwares de planejamento que auxiliam a fazer um planejamento assertivo. Os engenheiros de planejamento também ajudam a determinar quanto tempo vai durar a obra.

Macete 03: o planejamento no papel aceita tudo. Aceita qualquer prazo para as etapas de obra, mas a realidade é outra. Leve em consideração a disponibilidade do dinheiro a ser gasto, a mão-de-obra e a entrega dos materiais.

8. Limpeza e fechamento do terreno: é a preparação para iniciar a obra.

9. Montagem do canteiro ou barracão de obras: monte a estrutura para estocar materiais e os profissionais que vão trabalhar na obra.

10.Serviços de terraplenagem: são os serviços de movimentação de terra. Será necessário aterrar? Será necessário retirar terra do lote?

11. Locação da obra: é a montagem do gabarito de obra e a definição dos eixos para a execução das fundações e, em seguida, as estruturas e paredes.

12. Fundações ou infra-estrutura: são as fundações que vão sustentar toda a casa. São os serviços que vão ficar na terra. Existem vários tipos de fundações. A definição do tipo de fundação leva em consideração o tipo de edificação e o tipo de solo do terreno.

13. Estrutura ou superestrutura: é a sustentação da casa. São os serviços que ficam acima da terra como pilares, vigas, lajes. Podem ser em concreto armado, alvenaria estrutural, ou em aço.

14. Paredes e vedações: é a etapa de execução de alvenarias, chapisco, emboço ou reboco.

15. Cobertura: é a etapa dos telhados. Eles podem ser de telhas cerâmicas, metálicas, fibrocimento, etc.

16. Instalações (elétricas, hidráulicas, gás, telefonia e internet, etc): As instalações são executadas de acordo com o avanço da obra. Devem ser feitas com bastante atenção e cuidado para evitar vazamentos e problemas futuros.

17. Acabamentos e revestimentos: é a etapa de assentamento de pisos cerâmicos, pisos laminados, azulejos. 

18. Esquadrias (portas e janelas): As esquadrias são as portas e janelas. A instalação deve ser bem feita para evitar problemas na abertura das mesmas. Existem vários tipos de esquadrias no mercado. Saiba escolher as que fiquem em mais harmonia com a arquitetura.

19. Forros e pinturas: etapa de acabamento das paredes e tetos.

20. Louças e metais: etapa de colocação de lavatórios, bancadas, box de banheiro, armários planejados, etc.

21. Áreas externas e paisagismo: plantio de grama e cultivo do jardim.

22. Limpeza final: limpeza final de obra. Deve ser feita com tempo e cuidado, olhando todos os detalhes para que fique tudo muito limpo e bonito para receber a família.

Todas as etapas acima vão de acordo com o seu projeto. Algumas delas podem não existir ou serem puladas. O importante é conhecer as etapas e saber que construir demanda tempo, dinheiro e energia do casal.

Não pense em fazer tudo sozinho, contratar um pedreiro e começar a construir. A falta de conhecimento em construção só traz transtornos, problemas, atrasos, mal gosto e prejuízo.

Contrate profissionais especializados da área para elaborar os projetos, planejar, orçar e executar a obra. Você terá economia de tempo e dinheiro, qualidade, segurança e bom gosto. 

Não pense que isso é um custo a mais.

Fonte.: http://www.pedreirao.com.br/geral/etapas-e-sequencia-de-uma-obra-passo-a-passo-3

Escora ou estaca? Tanto faz

Dionyzio A. M. Klavdianos
Vice-presidente do Sinduscon-DF
Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat)

"@gpoli: O Brasil seria um lugar mais legal se 1/10 da indignação por um lance de futebol fosse guardada para os derrubadores de viaduto."

O enredo natural: energia concentrada para tratar de prazo de obra, a mercê, muitas vezes, mais de critérios políticos do que técnicos e de preço com o TCU, obra é mais um detalhe.

Sim, mais um detalhe! Do contrário, o viaduto não ruiria provocando mais uma tragédia nacional, envolvendo obras pública. Todavia, não nos preocupemos tanto em melhorar nossos projetos ou procedimentos de obra, afinal, o que aspira o jornalista Gustavo Poli é bem utópico por aqui.

Sintomático que seja obra relacionada às linhas exclusivas para ônibus rápido, solução incompleta de mobilidade urbana, que, quando não é concluída no prazo, é concluída de forma inadequada.

A propósito, jornais importantes do país continuam cobrindo mal os eventos de engenharia. No caso do viaduto, um deles trocou "escoras" por "encostas". Teria sido esta uma das causas?

Sustentabilidade: Agora que o viaduto será demolido, vão aproveitar o entulho na sua reconstrução. Assim, teremos uma "obra sustentável".

A boa notícia é que a prefeitura divulgou nota em que deixa claro entender que deve dividir a responsabilidade pela tragédia juntamente com a construtora e a equipe de fiscalização. Correto! Cabe à fiscalização, que recebe salário pelo trabalho, manter-se atenta à qualidade da obra. Notadamente, estas que têm forte viés político e, muitas vezes, sofrem com interrupções prolongadas, seguidas de correria desmesurada para cumprimento de prazo.

Por fim, a queda deste viaduto me lembrou o ocorrido, a cerca de três anos atrás, aqui em Brasília, quando (por coincidência macabra) um fiscal de obras da administração pública foi atingido por um pedaço de concreto, que se desprendeu de um viaduto em reforma (ou em deterioração, não me recordo bem), no exato momento em que passava como passageiro de um veículo por debaixo da obra e vindo a falecer.

Na dúvida, ao passar por baixo de um viaduto, acelere!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

China irá construir o maior edifício do Mundo em 90 dias

Por 




“O maior edifício do Mundo é, hoje, o Burj Khalifa, no Dubai, com uns impressionantes 829 metros. Mas a China, não querendo ficar atrás, vai construir um arranha-céus que irá suplantar este recorde em 9 metros. E irá fazê-lo nuns inacreditáveis 90 dias.

O Sky City, assim se irá chamar este ‘monstro’ arquitetónico com 838 metros, será edificado na cidade de Changsha, no sul da China, e terá 220 andares. Cada andar foi desenhado para permitir, no total, habitação a 30 mil pessoas, ao contrário do Burj Khalifa que nem possui um sistema de esgotos funcional.

Apesar de já ter sofrido várias mudanças de prazos devido às complicações com licenças governamentais, a construção do Sky City deverá iniciar já no próximo mês, devendo todo o processo, incluindo acabamento de interiores, estar finalizado no final deste ano ou em janeiro de 2014.

Os responsáveis pelo projeto dizem que esta obra é o futuro para fazer face às necessidades do país mais populoso do mundo, e a crescer 1,8% ao ano, e que a verticalidade dos edifícios será cada vez mais importante.

Apostando na altura dos edifícios e não na área que estes ocupam em solo, os construtores do Sky City respondem às preocupações ambientais que o processo de urbanização chinês acarreta.

Toda esta rapidez será conseguida com o menor uso de aço e cimento nas fundações e em cada andar, mas sim na aposta em pré-fabricados que, segundo a firma responsável pelo projeto, sendo feito com material mais leve e maleável, tornam este edifício mais resistente a terramotos, conseguindo aguentar um sismo de magnitude 9.

As emissões de dióxido de carbono também serão reduzidas, o que irá permitir uma maior poupança de energia.Não é bonito, mas é eficiente.

Para além de apartamentos capazes de acolher 30 mil pessoas, aquele que será o maior edifício do Mundo terá também lojas, empresas e serviços, tal como uma escola e um hospital. Vários moradores nem terão de sair do complexo para cumprir a sua rotina diária.

A estimativa dos 90 dias não tem, no entanto, em conta todo o tempo necessário para a produção dos pré-fabricados que serão usados para a edificação deste verdadeiro arranha-céus. Uma pequena “finta” que não torna menos impressionante a ambição destes construtores.

A firma responsável pela construção do Sky City é a mesma que levou a cabo o projeto de um construir um hotel de 30 andares em 15 dias. Conseguiu-o e o hotel mantém-se de pé, aparentando funcionar em perfeitas condições.”

Fonte.: http://engenhariacivil.wordpress.com/

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Coisas que todo estudante de engenharia deveria saber

Não podemos reclamar do nosso curso, que é muito rico em informações e aprendizados, porém,  com o tempo notamos que somos influenciados de certa maneira, sem perceber durante o curso.
Existem coisas que se eu soubesse quando entrei na faculdade, com certeza teria tido algumas discussões com alguns professores, além de ter uma postura diferente ao longo do curso todo.
 1. Matérias úteis porém com sem estímulo para os alunos
Nos primeiros 2 anos de curso, basicamente todas as áreas aprendem as mesmas matérias, porém realmente iremos utilizá-las?
  • Cálculo I, II, III, IV
  • Geometria Analítica
  • Álgebra Linear
  • Física I, II, III
  • Dentre outras
Será que é mesmo necessário aprendermos essas matérias, onde iremos utilizar em campo?
Essa é uma pergunta que praticamente todo estudante de Engenharia faz, porém hoje eu posso responder que sim, é interessante que cursemos tais disciplinas, pois o objetivo delas é obter raciocínio lógico, rápido e prático, e além disso, com certeza nós iremos utilizar algo que vimos nessas disciplinas mais pra frente no curso, e dependendo da sua área de atuação você poderá utiliza-las frequentemente (Engenheiro Calculista, por exemplo).
Mas é claro, com certeza aprendemos bastante coisa que nunca mais iremos ver, será praticamente inútil.
 2. Disciplinas praticamente inúteis
Certamente eu cursei no mínimo 10 disciplinas que foram inúteis, que não contribuíram em nada para minha formação. Apesar delas terem nome, categoria, e propósito bom, às vezes não são tão interessantes para nós.
Posso exemplificar com a disciplina Introdução a Engenharia, que apesar do nome, foi “só mais uma”, e uma matéria em que você nem precisa estudar muito para a prova, apresenta um seminário e ainda fecha com média alta. Claro, posso estar errado ou então não ter acertado na escolha do professor, mas creio que não foi nem um pouco contribuinte para minha formação, além disso, já conversei com diversas pessoas sobre a disciplina em questão, e não encontrei nenhuma opinião divergente da minha. E para você? Qual a sua opinião?
Outra disciplina que posso citar claramente como sendo inútil para diversos cursos é “Informática para Engenharia”, disciplina em que eu aprendi algo bem básico sobre programação, porém eu não curso Engenharia da Computação, e sim Engenharia Civil. Pode-se dizer que eu vi rapidamente conceitos da linguagem C e nada mais. Na época indaguei o professor qual a razão de estarmos cursando aquela disciplina e ele me disse: “Olha, você pode precisar desenvolver um software para te auxiliar em algum projeto no futuro”. Concordei com ele por respeito, porém algo é óbvio, pelo menos pra mim, que se eu precisar criar um software eu vou buscar no mercado um profissional que trabalhe na área, que tenha capacidade de desenvolver algo de qualidade, e que não venha a dar problemas ou resultados divergentes fazendo com que eu possa colocar em risco a obra ou projeto em que estou trabalhando.
 3. Disciplinas incompletas
Posso afirmar com muita convicção que, durante o nosso curso algumas disciplinas são completas, e incompletas até demais. Disciplinas estas, que serão muito importantes para a nossa formação e as universidade pecam, e quando você procura o diretor do curso ele diz: “Você pode procurar um curso bom fora daqui, se quiser eu posso até te indicar alguma escola técnica”, e aí novamente eu concordo por respeito, mas não dá para continuarmos “engolindo” dessa forma.
Você teve uma boa base de AutoCAD DENTRO da universidade? Pois bem, eu não tive e não conheço ninguém que teve, e, apesar de discordar da idéia procurei fora de lá, onde até um curso online é melhor… Poderia ficar 12 horas aqui escrevendo sobre disciplinas incompletas tanto em Universidades Públicas quanto em Universidades Particulares, mais creio que eu já consegui transmitir a mensagem pra você!
Esses dias li uma frase que me chamou a atenção, e que não é nada mais que a pura verdade:
“Será que os cursos do SENAI são melhores do que os laboratórios da minha faculdade?”
4. Não aprendemos a ser empregadores, empreendedores, mais sim a sermos empregados
Alguma vez algum professor seu já falou algo do tipo:
  • Quando você for um empresário…
  • Quando você tiver a sua empresa…
  • Você poderá implantar certa coisa com seus funcionários…
Já? Não? Eu nunca ouvi algo do tipo. Porém, é muito comum ouvirmos:
  • Quando você conseguir um emprego em uma multinacional..
  • Quando você for empregado de uma grande empresa…
  • Quando seu chefe lhe pedir certo prazo…

Claro, não iremos sair da Universidade e abrir uma mega-empresa e ficar rico, quem acha isso está se iludindo. Precisamos adquirir experiência profissional e “ralar” muito para atingirmos o sucesso, porém, pare pra pensar, CADÊ a motivação? Nossa formação é muito limitada, se pensarmos por este lado, parece que a nossa cultura não permite que ensinemos a empreender, investir, arriscar, somos formados para sermos empregados.
É claro, você pode se dar muito bem em uma empresa grande, e nem todos conseguem atingir o sucesso máximo abrindo uma empresa, pois caso isso acontecesse a concorrência seria enorme, já imaginou cada colega sendo o dono de uma grande empresa, indústria, construtora…?
5. Não espere se formar para…
Finalizando, deixo aqui algumas dicas para você que ainda está graduando…
Não espere se formar para:
  • Estudar para concursos
  • Estudar outros idiomas (Inglês, pelo menos né?)
  • Fazer cursos no SENAI ou em outra escola técnica
  • Aprender um software gráfico
  • Aprender a abrir uma empresa, empreender, investir, arriscar
  • Aprender a a fazer projetos
  • Descobrir que seu curso é bom apesar de incompleto
  • Descobrir que você é melhor do que você se auto-julga
  • Descobrir que o sucesso não vai bater na sua porta, e você não vai obtê-lo nas baladas de quinta a domingo…
  • Seja DIFERENTE!

FONTE: http://blogdaengenharia.com/coisas-que-todo-estudante-de-engenharia-deveria-saber

domingo, 4 de maio de 2014

Norma de Desempenho e outras NBRs agora podem ser acessadas gratuitamente no site da ABNT

Novidade faz parte de uma parceria da associação com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industria.


A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ANBT), em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), liberou o acesso gratuito à visualização e impressão de algumas normas técnicas brasileiras. Entre elas, está a Norma de Desempenho.
Ao todo, podem ser acessadas 48 normas dos setores da construção civil, de eletroeletrônico e bens de capital. Segundo as entidades, o número de normas com acesso gratuito pode aumentar com o passar do tempo.
Dentre as normativas da construção civil que contemplam a lista estão: as seis partes da NBR 15575 - Edificações Habitacionais - Desempenho, a NBR 15873 - Coordenação modular para edificações, a NBR 5626 - Instalação predial de água fria e a NBR 8044 - Projeto geotécnico - Procedimento, entre outras.
Já na área de eletricidade estão disponíveis normativas como NBR 16149 - Sistemas fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição e NBR 5181 - Sistemas de iluminação de túneis - Requisitos, entre outras.
Para acessar as normas, é preciso se cadastrar no site da ABDI. Veja todas as normas contempladas:
Fonte: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/normas-legislacao

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Cientistas estão à beira de uma revolução na energia eólica.

Especialistas russos desenvolveram novas turbinas marítimas que podem vir a revolucionar a energia eólica.

A “inconstância ventosa” do clima deixou de ser um problema. Novos geradores eólicos com um eixo vertical de rotação se tornarão o cotidiano comum, estão convencidos os cientistas.
O vento é uma fonte de energia renovável, e suas possibilidades são aparentemente intermináveis. De qualquer forma, em muitos países do mundo aprenderam a usá-las de forma eficaz. Em algumas regiões da Alemanha, por exemplo, até 40% da energia são produzidos por turbinas eólicas. No entanto, a energia eólica não está avançando. As razões para isso são simples: o custo da energia eólica é alto e os riscos ambientais de infrassons são bastante grandes. Finalmente, o próprio clima é inconstante e, portanto, não podemos apostar inteiramente em turbinas eólicas.
Cientistas de Vladivostok, uma cidade na costa russa do Pacífico, propuseram uma nova solução tecnológica. Ela vai permitir evitar uma série de problemas da energia eólica.
A maioria das turbinas eólicas têm um eixo localizado no plano horizontal. Isso permite aumentar a sua eficiência e posicionar a turbina muito acima do chão, onde o vento é mais forte. A alternativa é um eixo vertical, quando a turbina roda como um carrossel, perto do solo. Anteriormente, isso era considerado irracional porque o vento é fraco perto do solo, e a produção de energia pela turbina diminui em proporção à velocidade do vento. No entanto, o docente da cadeira de tecnologias de produção industrial da Universidade Federal do Extremo Oriente Viktor Cheboksarov e seus colegas propõem justamente uma estrutura assim, tentando contornar suas deficiências.
O segredo está na escolha do local de instalação do gerador. Cientistas de Vladivostok propuseram colocá-los no mar: isso ajudará aumentar a potência dos dispositivos modernos em 10 vezes ou mais. “As novas estruturas ganham vantagem graças ao seu posicionamento acima da superfície do mar, onde o vento é mais forte e mais estável,” disse Viktor Cheboksarov.
"Toda a turbina eólica dos especialistas do Extremo Oriente é segurada por um pontão. Sua estabilidade horizontal é garantida por âncoras no fundo do mar. No centro da estrutura, acima da água, há uma pequena torre ao torno da qual gira lentamente um rotor com pás. A energia é transmitida através de hastes para o eixo central ligado a um gerador. “É como uma cadeia enrolada de iates onde as pás são velas,” diz Cheboksarov.
“O diâmetro de uma instalação típica de 10 MW, será de cerca de 200 metros, e a envergadura das pás será de cerca de 40 metros. Para a nossa estrutura não existem restrições tecnológicas sobre potência. É possível, por exemplo, criar uma turbina eólica com uma potência de 100 MW,” diz o cientista.
A invenção poderá ser usada para fornecer energia a aldeias costeiras remotas. A nova tecnologia permite também resolver o problema do transporte. As novas estruturas podem ser rebocadas por mar. Ao contrário das versões clássicas, não há necessidade de aumentar o suporte da estrutura com o aumento de sua capacidade, porque ela é suportada pela água.
A invenção russa já foi testada e recebeu 17 patentes no país. O próximo passo é uma patente internacional. Agora, o dispositivo dos cientistas de Vladivostok está sendo verificado por especialistas em vários países.
Fonte:http://portuguese.ruvr.ru

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Reformas devem ter acompanhamento técnico de profissionais qualificados


Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

Ao adquirir um imóvel, pronto ou mesmo na planta, muitos compradores optam em fazer reparos no bem adquirido. A partir de agora, reformas que mudem a estrutura de um apartamento ou de uma casa precisarão ter o acompanhamento de um arquiteto ou engenheiro. Essa exigência está na nova norma para a Reforma em Edificações - Sistema de Gestão de Reformas (ABNT NBR 16.280), que entrou em vigor no dia 18 de abril.

As regras foram criadas para evitar alterações que abalem a estrutura de edificações e coloquem moradores em risco. Antes, era necessária apenas a autorização do síndico para a reforma começar. O Sinduscon-DF acredita que trata-se de uma grande ajuda para o administrador, que agora terá como exigir dos condôminos maior responsabilidade, e para a sociedade, que terá mais segurança nas eventuais obras.

Com a mudança, os condôminos que quiserem fazer alguma alteração no apartamento precisarão apresentar um escopo do trabalho ao síndico. Se houver alteração na estrutura, o síndico deve pedir a avaliação de um engenheiro ou arquiteto e contratar o profissional para monitorar a obra. O texto abrange todos os tipos de edificações, sejam públicas, privadas, residenciais ou comerciais.

Fonte: http://www.sinduscondf.org.br/imprensa/noticia/1671-reformas-devem-ter-autoriza-o-de-profissionais-qualificados.html

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Das corresponsabilidades assumidas por arquitetos e engenheiros

1 - REGRAS SOBRE RESPONSABILIDADES NO CÓDIGO CIVIL EM VIGOR


O atual Código Civil em vigor (CCV) foi instituído no Brasil pela Lei 10406, de 10/01/2002, cuja íntegra merece e pode ser consultada gratuitamente emhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm.
Embora o CCV no seu LIVRO I - DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES apresente o TÍTULO XI - RESPONSABILIDADE CIVIL, constituído pelos artigos 927 a 954, este Título não esgota o tema, pois quase tudo em Direito acaba em responsabilidade, motivo pelo qual o tema continua disperso ao longo de todo o Código, por exemplo nos casos de empreitada, inadimplemento de obrigações, perdas e danos, caso fortuito ou força maior, etc.
Por este motivo apresento a seguir rápidos comentários gerais sobre o tema, transcrevendo apenas alguns artigos que em especial merecem ser destacados com relação ao tema deste post, mas que não dispensam posteriormente a sua leitura integral.
Numa visão bem genérica do tema, o antigo Código Civil de 1917 impunha a aplicação da "teoria subjetiva da culpa" aplicada à responsabilidade civil, traduzida no seu art. 159, que dizia textualmente: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar dire3ito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano"
Essa teoria continua vigorando no CCV, mas que introduziu em muitos casos, a "teoria da responsabilidade objetiva", ou seja, responsabilidade independentemente de culpa, bastando provar o nexo de causalidade entre o fato de origem e o respectivo dano consequente, como pode ser visto no seu art. 927:
Art. 927 do CCV: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem."
Observações importantes:
a) Nas relações de consumo, regidas pelo Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade objetiva (independentemente de culpa) é expressamente citada para os casos de defeitos, conforme consta em seu art. 12. A jurisprudência tem aplicado essa mesma responsabilidade objetiva também para os casos de vícios construtivos descritos no art. 18, embora neste não conste a expressão "independentemente de culpa".
b) Para rever a distinção entre vícios e defeitos no CDC, veja o post [5] deste blog.
A maioria dos doutrinadores considera que o parágrafo único do art. 927 é aplicável a muitos dos casos de responsabilidade dos construtores de edificações. Os artigos 186 e 187 do CCV, acima citados, dizem:

"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes."
Também merecem destaque especial os seguintes artigos, contendo importantes conceitos genéricos:

"Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização.

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dan

2 - RRTs e ARTs
A Lei n. 12.378, de 31/12/2010 que regulamenta o exercício da Arquitetura Urbanismo, criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e simultaneamente o Registro de Responsabilidade Técnica - RRT nos seguintes artigos:
Art. 45. Toda realização de trabalho de competência privativa ou de atuação compartilhadas com outras profissões regulamentadas será objeto de Registro de Responsabilidade Técnica RRT. 
§ 1º Ato do CAU/BR detalhará as hipóteses de obrigatoriedade da RRT. 
§ 2º O arquiteto e urbanista poderá realizar RRT, mesmo fora das hipóteses de obrigatoriedade, como meio de comprovação da autoria e registro de acervo. 
Art. 46. O RRT define os responsáveis técnicos pelo empreendimento de arquitetura e urbanismo, a partir da definição da autoria e da coautoria dos serviços.
Para os engenheiros vinculados ao SISTEMA CONFEA/CREAs continua em vigor a Lei n. 6.496, de 7/12/1977 que instituiu a " Anotação de Responsabilidade Técnica " - ART na prestação de serviços de engenharia, de arquitetura e agronomia, nos seguintes artigos:
Art 1º - Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART).
Art 2º - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.
§ 1º - A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).
§ 2º - O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART ad referendum do Ministro do Trabalho.
Assim sendo, ao recolher a RRT ou ART o profissional formaliza sua contratação da respectiva atividade técnica, devendo neles constar sua descrição necessária e suficiente para definir os limites das responsabilidades assumidas pelo contratado e a respectiva e a remuneração.
Este post pretende, através de exemplos, detalhar os limites das respectivas corresponsabilidades assumidas quando na mesma obra atuarem vários profissionais, simultaneamente ou não.

3 - EXEMPLOS DE CASOS
Suponha que inicialmente um arquiteto foi contratado apenas para elaborar os projetos legal e de execução da arquitetura da obra (itens PL-ARQ e PE-ARQ da ABNT NBR13532 e atividades técnicas PL e PE da ABNT NBR13531). Ele ficará responsável APENAS pelos respectivos projetos, não assumindo nenhum encargo referente à respectiva execução, conforme disposto no art. 610 do Código Civil, que diz:
"Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os materiais.
§ 1o A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
§ 2o O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução."
Assim sendo, OUTRO PROFISSIONAL, por exemplo, um engenheiro civil, deverá ser contratado como responsável pela DIREÇÃO GERAL E EXECUÇÃO DA OBRA, exercendo a função de EXECUTANTE da obra, assumindo as respectivas responsabilidades e prerrogativas descritas nos itens 5.6.1 e 5.6.2 da ABNT NBR5671 - INTERVENIENTES EM SERVIÇOS E OBRAS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA. Este profissional recolherá a ART como responsável legal pela execução da obra, podendo ser auxiliado por outros profissionais, tais como os responsáveis por projetos específicos da obra (cálculo estrutural, projeto das instalações, etc.) ou responsáveis por execuções parciais de determinados serviços (impermeabilização, instalações de ar-condicionado, etc.), que recolherão as respectivas ARTs, todas obrigatoriamente vinculadas à ART do responsável legal pela execução geral da obra.
Cada um desses profissionais auxiliares assumirá perante o EXECUTANTE a responsabilidade pela respectiva parte elaborada ou executada, conforme as respectivas regras de responsabilidade do CCV reproduzidas no item 1 deste post.
Mesmo depois de entregue a obra esses casos de corresponsabilidades continuam a existir, conforme os dois casos abaixo descritos:

CASO 1: O comprador da unidade autônoma contrata um arquiteto/designer para projetar e executar a sua decoração ou paginação, especificando materiais diferentes dos originalmente projetados e executados. Se a nova especificação for a causa de eventuais danos constatados, é este arquiteto/designer que responderá pelos prejuízos, mesmo que não tenha recolhido a respectiva RRT, bastando ao proprietário provar através da proposta apresentada, do contrato assinado, ou até através de testemunhas que foi esse arquiteto/designer que especificou e dirigiu os trabalhos, tendo sido remunerado através dos pagamentos efetuados (cheques, depósitos em conta corrente, etc.)

CASO 2: Em unidade autônoma anteriormente entregue e habitada, o novo comprador resolve fazer uma reforma nessa unidade. Neste caso, a partir do dia 18/04/2014 entram em vigor as novas regras estabelecidas na recentemente publicada ABNT NBR16280:2014 - REFORMA EM EDIFICAÇÕES - SISTEMA DE GESTÃO DE REFORMAS - REQUISITOS. Esta norma impõe a contratação de um profissional responsável pela reforma, que, nos itens afetados ou modificados, assumirá integralmente as respectivas responsabilidades, em substituição ao profissional anteriormente responsável. Em compensação, este último continua responsável pela edificação nas partes não afetadas ou modificadas.

http://blogs.pini.com.br/posts/normas-tecnicas-pericias

Eng. Paulo Grandiski

sexta-feira, 14 de março de 2014

Bioasfalto sustentável é feito com óleo de cozinha usado

É possível fabricar "asfalto verde" com as mesmas propriedades do asfalto à base de petróleo.
Usando óleo de cozinha usado, Haifang Wen, da Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, demonstrou que o conceito de bioasfalto é tão promissor que ele já se prepara para colocar o projeto em prática.
"A partir de junho de 2014 vamos construir uma estrada com bioasfalto com cerca de 500 metros, disse Wen.
Além de criar uma destinação para o óleo de cozinha usado, a técnica reduz o preço da pavimentação depois que os preços do asfalto dispararam..
Atualmente, uma tonelada do piche que funciona como ligante para o asfalto já custa cerca de metade do preço de uma tonelada de gasolina.
Em vista disso, árias tentativas estão sendo feitas para substituir o petróleo por óleo vegetal no asfalto, usando borracha de pneus usadoslignina, óleo de milho e até esterco de porco.
Bioasfalto
O asfalto tradicional usa o chamado piche como cola para manter unidos a brita e a areia que formam a maior parte do pavimento - o piche representa apenas 5% da mistura final.
Depois de quatro anos "ajustando a receita", Wen está confiante que o seu "asfalto verde e sustentável" é tão bom quanto o asfalto de petróleo.
O material passou com sucesso por todos os testes de avaliação mecânica, incluindo compressão e carga, além de variações de temperatura que foram do calor intenso ao congelamento durante o inverno.
Se tudo se confirmar na estrada de testes, o pesquisador afirma que a tecnologia está pronta para ser utilizada em larga escala.
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias